12 junho, 2007




Memorando de umas sombras

Termina o dia. O melro, a mulher e as sombras repartem

entre si o que resta. Ela dança, a preparar a mesa,

como em redor de Vesta. O melro, a olhar o sol vago,

escolhe a folhagem para cumprir o destino.

Ociosas, as sombras perseguem gestos e as formas.


(Fiama, Epístolas e Memorandos, 1996)

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