13 janeiro, 2007
SEMENTES
Benjamin é grande no pequeno. Um balanço do terceiro volume da edição alemã, reproduzido em Klaus Garber, Zum Bilde Walter Benjamins (1992), diz:
«O escritor independente, a quem faltou tempo para transformar em livros os seus grandiosos planos, era exímio em espalhar, como se de sementes do seu pensamento se tratasse, qualquer pequena nota crítica, e apostava no seu crescimento com o correr do tempo – que o confirmou plenamente. Encontrará o crítico Benjamin um dia um historiador e um intérprete à sua altura?».
«Do mais insignificante fragmento de prosa, da mais escondida nota crítica, saem atalhos ocultos que conduzem ao centro do pensamento de Benjamin...»
Hoje, perguntamo-nos: que disciplina das ciências humanas não vai beber a Walter Benjamin? O seu pensamento é, como poucos, múltiplo, insinuante e seminal.
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