17 novembro, 2006



ESPAÇO LLANSOL

Atenção ao símbolo da inflorescência:



Nasceu um Espaço que os muitos leitores e «legentes» de Maria Gabriela Llansol, que vejo proliferar na blogosfera, não devem desconhecer. É uma associação que se propõe estudar e divulgar esta Obra ímpar, chama-se ESPAÇO LLANSOL, e pode ser contactada via e-mail para Email me!
Está nesta casa em Colares:



em breve num sítio próprio desta «esfera», e tem, para além dos secos objectivos estatutários, esta

CARTA DE PRINCÍPIOS

1. O Espaço Llansol não é apenas um lugar físico, mas também o lugar real, visível e invisível, disseminado pelo Texto de Maria Gabriela Llansol.

2. O Espaço Llansol é o lugar onde cada ser se desenvolve para o seu fim específico, espaço comum do encontro inesperado do diverso e do contrato que une todos os seres com a sua pujança própria, sem hierarquias.

3. O Espaço Llansol é o lugar do princípio de bondade e do eterno retorno do mútuo, onde não há comunidade, não há grupo, não há clube, não há seita, não há «nós»: apenas semelhantes na diferença.

4. O Espaço Llansol é o lugar onde não se pergunta «Quem sou eu?» (a pergunta do escravo), mas «Quem/o quê me chama?» (a pergunta do homem livre).

5. O Espaço Llansol é o lugar onde não há resignação nem morte, lugar de vida sob o signo dos afectos, no seu triplo registo: o Belo, o Pensamento e o Vivo.

6. O Espaço Llansol é o lugar onde escrever é o duplo de viver, e vice-versa.

7. O Espaço Llansol é o lugar onde se busca o dom poético (o potencial de beleza à espera de ser descoberto em todas as coisas e nas suas relações) e se exerce a liberdade de consciência (que permite a cada um reconhecer-se direito e ser inteiro).

8. O Espaço Llansol é o lugar da língua sem impostura.

9. O Espaço Llansol é um lugar de fascínio (o que está do lado do luminoso), não de sedução (o dispositivo de submissão de todas as vozes a uma única voz).

10. O Espaço Llansol é o lugar onde aquilo que o Texto tece advirá ao homem como destino. Esse destino é o de um humano-mais-humano, o de uma mais-paisagem do humano.

11. O Espaço Llansol é o lugar onde o homem será, arriscando a sua identidade por um desejo de metamorfose. A esse lugar o Texto chama «espaço edénico» – não o mítico, das origens, mas o que é criado no meio da coisa, não fixo, mas elaborável por cada um de nós.

12. O Espaço Llansol é o jardim que o pensamento permite.

P.S.
Uma das intenções deste Espaço Llansol é a de cruzar esta Obra, tão cheia de veredas para a vida e os saberes do mundo, com outros domínios. A próxima ocasião vai ser no Centro Cultural de Belém: no âmbito da exposição «Geografias Vivas», que documenta a obra do arquitecto GONÇALO BYRNE


Torre de controle de tráfego no porto de Lisboa


Projecto para o Parque Forlanini, em Milão

faço uma conferência que liga o seu pensamento arquitectónico e urbanístico com a Obra de LLANSOL. É no domingo, 26 de Novembro, às 16 horas.

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